segunda-feira, 25 de julho de 2011



Vem sem medo a meus braços, meu amor. Que a tristeza não vai mais espreitar pelos cantos e apertar assim o peito. Fica assim, aqui perto, que o teu cheiro me faz seguro, teu calor me protege e teu corpo me cura o vazio. Pra que brincar de ter razão? É besteira não querer errar e é tolice demais curtir a dor. Deixa pra lá tudo isso e vem dançar a dança das estações. Ah, tenta não ligar pra essa gente chata e sem graça. São tolos demais esses mortos cegos e adultos. Gosto de te ver rindo e da riqueza das coisas simples que guardo qual tesouros. E a beleza está em não ter pressa. Que corremos demais, meu amor, e é hora de parar, deitar na grama, falar só besteira e rir da vida. Ah, deixa isso pra lá que esse mundo é todo errado. Fica perto então que tanta solidão já feriu demais.